Realizar um processo de seleção de candidatos nunca é uma tarefa fácil. Basta anunciar uma vaga e, em questão de horas, dezenas (ou até mesmo centenas) de currículos são recebidos na sua caixa de entrada. Mas, entre tantos profissionais, como escolher a pessoa certa? Será que existe um perfil de candidato ideal para a sua empresa?

Sim, o perfil ideal precisa existir e, é a partir dele, que um processo seletivo deve ter início. Partindo de um conjunto de características desejáveis para ocupar a vaga, o gestor de RH tem a tarefa de encontrar, entre todos os inscritos, o profissional que mais se aproxima do perfil esperado.

Mas, o que deve ser considerado para a elaboração do perfil ideal? Como o candidato deve ser, quais qualidades são importantes e quais não são tão essenciais? Veja, a seguir, algumas dicas para identificar qual é o perfil do candidato mais adequado para a sua empresa.

Construindo o perfil do candidato ideal

O objetivo de um processo de seleção é conhecer melhor os candidatos à vaga anunciada pela empresa, para que não sejam cometidos erros na hora da contratação de um profissional.

Justamente por isso, as equipes de RH elaboram entrevistas, dinâmicas, painéis, entre outras atividades, que têm por função avaliar as pessoas que se inscreveram para uma vaga, tentando encontrar nelas as características requeridas para a ocupação do cargo.

Dessa maneira, o perfil do candidato ideal deve ser construído com base nas habilidades e aptidões que essa pessoa precisa ter para trabalhar na área. Para isso, é preciso observar alguns pontos principais, que ajudam o gestor de RH a tomar a decisão mais acertada. Na sequência, são apresentados os quesitos mais importantes em um processo de seleção.

   1. Formação necessária para ocupar o cargo

Essa é a primeira pergunta que deve ser feita pelo recrutador, e a resposta será dada conforme as atividades que o candidato irá realizar na empresa. Se a vaga aberta é para a área comercial, as formações mais adequadas poderiam ser Administração ou Ciências Contábeis, por exemplo.

Entretanto, é importante que o recrutador também considere candidatos que, mesmo não possuindo diploma nessas formações principais, têm uma experiência considerável na área comercial. Às vezes, a experiência pode ser mais importante que a formação acadêmica.

   2. Quais habilidades o candidato deve ter?

As habilidades pessoais são o ponto central de todo processo de seleção. Além da formação acadêmica adequada, o candidato precisa ter outras características que são essenciais para exercer a função pretendida.

Por exemplo, um candidato à uma vaga de gerente, independentemente da área, precisa ter uma boa comunicação interpessoal, saber coordenar uma equipe, deve ter uma visão analítica, saber construir metas, entre outras coisas.

Assim, uma pessoa super tímida, terá dificuldades para lidar com uma equipe, ou mesmo alguém que não tenha visão estratégica poderá comprometer os resultados da empresa.

Da mesma maneira, para trabalhar como atendente, o candidato precisa ser simpático, ágil, comunicativo e, sobretudo, ter muita paciência. Caso o gestor de RH opte por uma pessoa que não tenha essas características, muito provavelmente, será necessário fazer um novo processo seletivo em breve.

Logo, as habilidades que um cargo exige são ainda mais determinantes para a seleção de um candidato que propriamente a formação acadêmica.

   3. O histórico profissional também é importante

A experiência do candidato também é valiosa e, em alguns casos, ela pode ser decisiva para que a pessoa conquiste a vaga anunciada pela empresa. A definição do nível de experiência dos candidatos é feita com base no grau de dificuldade das tarefas a serem executadas no dia a dia.

Um cargo em que o profissional precise tomar muitas decisões importantes requer uma pessoa com mais experiência, que já tenha alguns anos de carreira e que esteja apta a fazer análises de cenário mais complexas.

Por outro lado, um cargo operacional pode ser ocupado por um candidato que não possui tanta vivência, mas que preenche os demais requisitos para a vaga e está disposto a aprender e a colaborar para o crescimento da empresa.

   4. Compatibilidade com a cultura da empresa

Muitas vezes, o candidato possui a formação acadêmica exigida, tem as habilidades necessárias para o cargo, um histórico profissional exemplar, mas não se encaixa na cultura da empresa.

Embora algumas pessoas pensem que essa adaptação à cultura da empresa é apenas uma questão de tempo, na verdade, esse é um dos motivos que fazem com que muitos candidatos peçam demissão pouco tempo após serem admitidos.

Mas, por que isso acontece? Isso ocorre porque as pessoas não conseguem fingir o que não são e, mesmo que tentem, em algum momento, as coisas não vão dar muito certo para elas em um ambiente que lhes seja desfavorável.

Assim, uma pessoa que tem dificuldades para trabalhar sob pressão, não se sairia bem em uma empresa cuja cultura é centrada em resultados. Ou um profissional que tem perfil mais operacional poderia enfrentar dificuldades em uma organização cuja cultura é focada em inovação.

A questão da cultura organizacional deve ser muito bem explicada, já no início do processo seletivo, para que tanto o candidato quanto o recrutador tenham a oportunidade de avaliar se a contratação será um bom negócio para as duas partes.

Selecionar um candidato com o perfil ideal para a vaga da sua empresa pode não ser uma tarefa simples, mas, seguindo os cuidados apresentados nesse artigo, as chances de acerto na contratação são ainda maiores.

É claro que, além desses pontos, existem outras questões a serem observadas durante o processo de seleção, como a capacidade técnica do candidato para executar as tarefas e também a expectativa salarial.

Por isso, o ideal é que o processo de seleção seja composto de várias fases, para que as partes possam se conhecer melhor e, assim, elas poderão encontrar uma solução que seja ótima tanto para a empresa quanto para o candidato.

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